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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

SÓ NÃO QUERO SER SÓ


"SÓ NÃO QUERO SER SÓ" 
 
Minha voz tem dito pouco. 
Já não raciocino
tão bem quanto ontem. 
Inclusive os batimentos cardíacos,

não dizem mais, 
nenhuma alteração,
sempre estáveis. 

Meu coração dissimulado

inventa um bem estar qualquer, 
de riso forçado, pra enganar
a dor de quem grita
até o último fio... 
Me castigo afónico,
e morro ainda mais
caminhando por sobre a Terra. 
A pulsação é a ilusão
de quem insiste. 

Eu admito a coragem...
me entrego à ela,

covarde que sou,
me construi assim,
obrigado a cair de joelhos,
dois rendidos, 
e me alio por pura fraqueza,
implorando perdão e uma nova vida. 
À beira do abismo lamento
a disformidade da minha face. 

Não há como recuperar
meus desvios. 
Estão gravados na alma,
que é celular por força maior,

a da ocasião. 
Então me jogo de cabeça...
corpo corrompendo-se
enquanto aprendo a amar. 
E quando me acho capaz de rasantes
aí é que sei bem estabacar. 

Jurei pela eternidade
e não sei por quem esperar, 
nem se ainda terei o direito
de ser o amor de alguém de novo. 
Não um qualquer dessa vez,
mas só de quem me espera... 
variação necessária de conduta,
escolha obrigatória. 

Minha consciência
perambula sem rumo certo, 
 buscando o repouso merecido
de quem já não deseja tanto assim. 
Só não quero ser só!(ALEXANDRE KIRCHMAYER)

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